alb0n de família

12/02/2008

Dando a real dos Realities

A 8ª edição do Big Brother Brasil anda meio xôxa. Para quem gosta de reality shows e não se contentou com o emo Rafinha, uma lista do melhor da realidade montada pela edição não-linear - e uma lista do que você não deve ver nem que lhe paguem um milhão de reais.



Veja!
Project Runaway
People + Arts, quintas-feiras às 21h

Comandado pela ex-modelo Heidi Klum (loira na foto esquerda), a competição de estilistas está na sua 3ª edição aqui no Brasil - nos EUA, já está no fim da 4ª. O ponto alto do programa é que ganha quem faz o melhor trabalho. Para ficar no jogo, o candidato precisa de somente uma característica: talento. O bom de um reality show no qual ganha o mais competente - e não o mais querido pelo público ou o que fez mais alianças dentro do jogo - é que o vilão pode também ser o campeão, surpreendendo e revoltando o público. Outro ponto a favor do programa é que os desafios são cada dia mais criativos: bolar roupas para um ícone da moda, vestir a mãe do seu concorrente, trabalhar com restos de um lixão ou até pensar em um traje para si mesmo. A produção do programa desafia os concorrentes a serem mesmo o melhor nas passarelas.


Supernanny
GNT, sábados às 19h

Os dias de mal-criação acabaram: Jo Frost (foto esquerda) ensina os pais a ensiarem os filhos. A babá, que tem a eficiência de Mary Poppins e a graça de Fran Fine, mostra aos pais que crianças precisam de limites, carinho e apoio. Com suas técnicas já clássicas - o cantinho do castigo, por exemplo - Jo Frost conquistou o mundo: o programa já foi exibido em mais de 40 países. Isso para provar que criança infernal existe em qualquer parte do globo... Aliás, hoje, dia 12 de fevereiro, estréia o novo reality de Jo, Supernanny: Vida Após Aprendizado, às 21h.


Survivor: Vanuatu
People + Arts, terças-feiras às 21h

Survivor é o pai do nosso No Limite. Tudo igual: lugar deserto, vida difícil, provas absurdas... A única - essencial - diferença é que lá nos EUA esse tipo de reality show é um jogo de verdade. Os concorrentes confabulam mesmo: traem, somam votos, mentem. E quando se dão bem, esfregam a vitória na cara do oponente perdedor. Para eles lá na ilha de Vanuatu, pior, para nós aqui em casa, mais emoção. Por que será que aqui no Brasil os particpantes de realities não são assim?



Fuja...
American Idols
Sony, quartas e quintas-feiras às 21h

Simon com as mesmas tiradas maléficas, Paula com a mesmas cara de Ursinho Carinhoso e Randy de novo com suas risadas de pateta. Isso sem falar dos concorrentes: ou são os geekys sonhadores ou são os sonhadores com uma voz cheia de firulas - estes passam para a próxima fase, aqueles, na maioria deles, dão adeus já no começo dos testes. Era divertido há dois ou três anos atrás. Hoje, para mim a única diferença entre American Idol e o Show de Calouros é que o Ryan Seacrest não chega aos pés do Silvio Santos.

Pussycat Dolls Presents: The Search For The Next Doll

Warner, domingos às 20h

O programa já acabou, graças a Deus, mas fique longe das reprises. As Pussycat Dolls vão atrás de uma nova integrante para a trupe. A cada semana, mulheres semi-nuas dançam até o chão, algumas vezes cantam e fazem todo tipo de coreografia sensual. A comparação com o concurso para a nova loira do Tchan é inevitável. Será que o próximo hit do grupo terá como verso: "the new pussy's blond is beautiful, let she come in!"? Se você quer ver peitudas peladas se esfregando na TV, fique com o Sexytime, segundas a sextas às 0h30, 02h e 04h, no Multishow. Pelo menos não tem comercial...

Blind Trip
Multishow, domingos às 21h15

Não é bem um reality show: dois casais de namorados viajam pelas praias do Brasil, de São Paulo a Salvador; atores interpretam os casais, mas não recebem roteiros. A cada dia de viagem descobrem o novo destino e o que pode acontecer com eles. Tudo parece muito inovador - dá até vontade de assistir, não é mesmo? Foi o que eu pensei. Acreditem em mim: é terrível. Os diálogos são forçados e simplórios - para não dizer medíocres. As gírias são do nível de Malhação. Os atores soam forçados já que não encontraram um meio-termo entre "viver a experiência" e "interpretar". Qualquer pessoa com o mínimo de criticismo sente desdém pelo programa. Mas não se preocupe. No final, tudo termina na "maior vibe".

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